UHE IGARAPAVA

MEIO AMBIENTE

A Licença de Instalação foi concedida em 19/03/91 pelo Conselho Estadual de Política Ambiental- COPAM/MG.

Em 08/01/1992 foi concedida a Licença Prévia – LP, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente/SP, fundamentada em parecer técnico do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental – DAIA.

Em 03/07/1992 foi concedida a Licença de Instalação – LI –, também pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SP, após análise da documentação e emissão de parecer técnico pelo DAIA.

A Licença de Operação foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA em 03/11/1998, sendo válida por quatro anos.

Em 07/08/2002 foi emitida a primeira renovação da Licença de Operação, a qual foi retificada pelo IBAMA em 10/03/2003, tendo esta validade de quatro anos.

Em 29/10/2007 foi emitida a segunda renovação da Licença de Operação, com validade de oito anos.

Em 25/03/2019 foi emitida a terceira renovação da Licença de Operação, com validade de dez anos.

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Limnologia

O termo limnologia refere-se ao estudo das característica físico-química e biológicas das águas.

O monitoramento limnológico do reservatório da UHE Igarapava é realizado em quatro campanhas anuais, através de coleta em 11 pontos à montante e à jusante.

O principal objetivo do programa é avaliar as características físicas, químicas, bacteriológicas e hidrobiológicas da água.

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Ictiofauna

A Ictiofauna refere-se à comunidade de peixes.

O Monitoramento da Ictiofauna é realizado em quatro campanhas anuais, no reservatório, sistema de transposição para peixes e em oito tributários (ribeirão Santa Rita, Córrego da Divisa, Dourados, Cana Brava, Borá, São Pedro, ribeirão Mato das Frutas e Lagoa da Fazenda Macaúba).

O estudo objetiva:

  • Avaliar em caráter qualitativo e quantitativo a estrutura da comunidade ictiofaunística presente na área de influência da UHE Igarapava.
  • Estimar a abundância relativa à riqueza de espécies entre as áreas da coleta;
  • Estimar as produtividades em números e biomassa, através da captura por unidade de esforço, por espécie, tamanho da malha, ponto e período de amostragem;
  • Avaliar a atividade reprodutiva de espécies de interesse;
  • Avaliar, comparativamente, a ictiofauna amostrada no presente estudo com aquela das primeiras fases do monitoramento;
  • Avaliar a presença de ovos e larvas de peixes nos principais tributários do reservatório, jusante e no sistema de transposição de peixes.

Os resultados do último ciclo indicam águas com boa oxigenação, pH tendendo a neutralidade, ausência de estratificação térmica, baixa diversidade de Fitoplâncton, Zoobentos e Zooplâncton.

O índice de balneabilidade apresenta águas próprias para a recreação (lazer).

O Índice de qualidade de Água em Reservatórios (IQAr) indicam águas moderadamente degradas.

O índice de estado trófico (IET) indica que os ambientes são ultraoligotróficos, ou seja, não oferece suporte para a proliferação exagerada de algas como por exemplo algas verdes.

Ictiofauna
Ictiofauna
Ictiofauna
Ictiofauna

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Macrófitas

As macrófitas aquáticas são vegetais terrestres que ao longo do seu processo evolutivo se adaptaram ao ambiente aquático por este motivo apresentam grande capacidade de adaptação a diferentes tipos de ambientes como consequência torna sua ocorrência muito ampla. Elas funcionam como indicadores de ambiente saudáveis e podem fornecem alimento e abrigo para insetos e peixes e proteção das margens de córregos e rios.

São objetivos do estudo:

  • Verificar a área de ocorrência, biomassa, produção primaria, decomposição e profundidade máxima de ocorrência.
  • Avaliar as condições de crescimento das plantas aquáticas no reservatório.
  • Identificar fontes pontuais e difusas de eutrofização que podem vir a favorecer o crescimento profuso das macrófitas.
  • Identificar as espécies de macrófitas presentes no reservatório, determinar as densidades relativas e a área de ocupação das principais assembleias de plantas.
  • Análise da qualidade da água e a sua correlação com a produção de plantas aquáticas.
  • Caracterizar a fertilidade do sedimento nos pontos de maior ocorrência das macrófitas.

Atualmente o reservatório de Igarapava possui o registro de 80 espécies de macrófitas, as mais abundantes são: Egeria najas, a Eichhornia crassipes, a Brachiaria subquadripara, a Eichhornia azurea, Eleocharis minima, Typha angustifolia, Rhynchospora aurea, Sagittaria montevidensis, e o Polygonum lapathifolium.

A área ocupada pelas macrófitas no reservatório da UHE Igarapava somam 409,23 hectares, mas apesar do resultado os índices de diversidade e homogeneidade apontam um ambiente capaz de manter o controle de ocupação estável.

Macrófitas
Macrófitas
Macrófitas
Macrófitas

Sismologia

O estudo da sismologia avaliação dos diversos movimentos que ocorrem na superfície do globo terrestre buscando reconhecer e determinar em que circunstâncias ocorrem os sismos naturais assim como suas causas e distribuição sobre o globo terrestre, a fim de prevê-los em tempo e espaço sendo o único método geofísico adequado para estudar as profundezas da terra.

O monitoramento sismológico da UHE Igarapava é realizado anualmente em parceria com o observatório nacional da Universidade de Brasília. Não houve sismos na região, induzidos pelo reservatório da UHE Igarapava.


Gestão de Resíduos Sólidos e Efluentes

Os resíduos sólidos e líquidos provenientes do processo produtivo são coletados, triados, pesados e tratados.

Os resíduos recicláveis são destinados às cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Os classe II A e B e resíduos classe I (perigosos), são destinados para a empresas certificadas para tratamento final.

Os efluentes industriais e sanitários gerados na UHE Igarapava passam por tratamento antes do lançamento no corpo hídrico.

São realizadas análises semestrais, cujo objetivo é caracterizar as diferentes composições físicas, químicas e biológicas e a potencialidade de toxicidade dos efluentes gerados.

Gestão de Resíduos Sólidos e Efluentes
Gestão de Resíduos Sólidos e Efluentes

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Reflorestamento Ciliar

Conforme definido no Código Florestal brasileiro, lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, a Área de Preservação Permanente (APP) é uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Por definição apresentada no Art. 62 da Lei Federal do Código Florestal, a APP do reservatório da UHE Igarapava, compreende-se entre o nível máximo operativo normal (512,20) e a cota máxima maximorum (515,40).

A APP do reservatório da UHE Igarapava possui quantitativo total de 657,61 hectares, deste total, 278,76 hectares possuem vegetação formada e 131,08 hectares estão em processo de regeneração, ou seja, total de 409,84 hectares de vegetação nativa.

O programa de recuperação de APP’s iniciou em 1996, ates mesmo do início da operação da usina. Até o momento foram estabelecidos 90 convênios com proprietários, contemplando assim, 44 propriedades rurais, com cerca de 550,31 hectares de mata ciliar implantada.

Para garantir o sucesso do programa, o consórcio utiliza-se de 4 métodos para o reflorestamento ciliar:

  • Adensamento – Consiste na ocupação por espécies nativas dos espaços não cobertos pela regeneração natural;
  • Plantio total – Consiste no reflorestamento total da área, utilizando a combinação de espécies pioneiras e não pioneiras;
  • Enriquecimento – É recomendado para áreas em que há regeneração natural de baixa diversidade florística, ou seja, após levantamento das espécies no local, é introduzido as espécies nativas a fim de promover o aumento da riqueza das espécies;
  • Condução da regeneração natural – Consiste no controle periódico da área, com limpeza e vistorias (verificando a presença de formigueiros e manejo de gramíneas invasoras), assim garantindo o processo natural da sucessão ecológica.

DADOS DO PLANTIO

ANO DE PLANTIO HECTARES PLANTADOS
1996 22,80
1997 207,42
2000 22,47
2001 6,21
2003 19
2004 20,00
2005 20,00
2006 14,30
2010 48,82
2011 48
2012 26,67
2013 15,51
2014 4,40
2016 3,40
2017 17,52
2018 5,10
2019 39,09
2020 9,60

Reflorestamento Ciliar
Reflorestamento Ciliar
Reflorestamento Ciliar
Reflorestamento Ciliar

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Processo Erosivo

Erosão é o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo, dos subsolos e das rochas como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e os seres vivos.

O programa de monitoramento das erosões é realizado mensalmente através das inspeções no reservatório. Atualmente são monitorados 12 pontos identificados com focos erosivos.

A UHE Igarapava utiliza a bioengenharia como ferramenta para a recuperação dos processos erosivos e taludes. Em 2018 foram recuperados dois pontos, com aproximadamente 0,06 hectares. A metodologia aplicada para a recuperação destes pontos foi à regularização do terreno, contenção do solo com aplicação das biomantas de fibra de coco e o plantio do capim vetiver (Vetiveria Zizanioides) em conjunto com mix de sementes de gramíneas e leguminosas.


Processo Erosivo
Início das atividades na área com erosão.
Processo Erosivo
Imagem da área após as atividades de contenção.

O programa de educação ambiental da Usina Hidrelétrica de Igarapava é desenvolvido conforme as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), lei Nº 9.795, DE 27 de abril de 1999. Segundo ela, educação ambiental são processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. É um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Os projetos são desenvolvidos nos municípios de Conquista e Sacramento em Minas Gerais, Igarapava e Rifaina em São Paulo. As ações são realizadas conjuntamente às escolas municipais, estaduais e particulares, secretarias de meio ambiente, turismo, educação, assistência social, associações de artesãos, cooperativas de catadores, conselhos municipais de meio ambiente e empresas privadas e públicas. Os principais projetos são: Feito Por Mim, Oficina de Leitura, Semana da Água, Semana do Meio Ambiente, Semana da Árvore, Viveiro de Mudas; Coleta Seletiva; Visitantes na Usina, Gente de Atitude, dentre outros.


Projeto Oficina de Leitura

O Projeto tem como principal objetivo fomentar o incentivo às práticas de leitura e escrita, com temas voltados para a Educação Ambiental em escolas. As oficinas são realizadas quinzenalmente, durante oito meses no período de março a novembro, em cada turma de 4º ano.

Para motivação dos alunos e seus respectivos professores o projeto realiza oficinas de:

  • Contação de histórias;
  • Mediação de leituras;
  • Oficina de artesanato em biscuit (massa de porcelana fria);
  • Oficina de produção textual em prosa e verso (conto e poesia), sobre os temas: água, peixes, mata ciliar e
  • Contação de histórias;
  • Mediação de leituras;
  • Oficina de artesanato em biscuit (massa de porcelana fria);
  • Oficina de produção textual em prosa e verso (conto e poesia), sobre os temas: água, peixes, mata ciliar, erosão e Rio Grande;
  • Oficina de ilustração dos textos dos alunos;
  • Oficina prática de qualidade da água e macrófitas na UHE Igarapava;
  • Oficina prática para plantio de mudas na UHE Igarapava;
  • Oficina prática para observação de peixes na UHE Igarapava;
  • Organização da antologia em prosa e versos.

Atualmente o projeto conta com quatro livros publicados pela escritora Eloísa Ávilla para as oficinas de leitura:

  • Rio Grande – Berçário de Peixes, Editora Autografia, 2018;
  • As aventuras do beija-flor Zip e o peixinho Ig, Editora Anjo, 2018;
  • Saci Pererê e a fada da consciência ecológica, MRN 2019;
  • Abelhas e micos em perigo, MRN, 2019.

O projeto tem duas coletâneas, com o título de Rio Grande em Prosa e Versos, que contempla alguns textos dos alunos da EMEF Jardel Biguetti em 2018 e, da EMF Professor Dantés em 2018.

Rio Grande em Prosa e Versos é o produto cultural do Projeto Oficina de leitura, organizado como parte do resultado das oficinas de contação de histórias, mediação de leituras, de artesanato em massa de biscuit, oficina prática de qualidade de água e de macrófitas, plantio de mudas de árvores e produção textual em prosa e verso com ilustrações sobre os temas água, peixes, mata ciliar, erosão e Rio Grande.

O projeto beneficiou até 2019 cerca de 350 alunos e 8 professores, com excelentes resultados de acordo com o relato de uma das professoras, em que ela afirma sobre a grande contribuição nas práticas de leitura e escrita, como também no sentido de fazer com que o educando repense as práticas em relação à preservação e conservação da natureza ao seu redor.

Contação de História
Contação de História
Entrega do Livro Rio Grande Berçário de Peixes Alunos da Dantes
Entrega do Livro Rio Grande Berçário de Peixes Alunos da Dantes
Aula prática Qualidade da Água e Peixes
Aula prática Qualidade da Água e Peixes
Entrega do Livro Rio Grande Berçário de Peixes Alunos da Escola Jardel
Entrega do Livro Rio Grande Berçário de Peixes Alunos da Escola Jardel

Viveiro de Mudas

O viveiro produz mudas nativas e ornamentais para doação aos projetos ambientais da comunidade. As sementes são coletas na mata ciliar do reservatório e também na cidade. São doadas anualmente cerca de 2.000 mudas aos municípios de Igarapava, Sacramento, Conquista, Rifaina, Delta e Aramina.

Viveiro de Mudas
Viveiro de Mudas
Viveiro de Mudas
Viveiro de Mudas

O objetivo principal do projeto é apresentar os resultados dos programas socioambientais da UHE Igarapava e falar da importância das Usinas Hidrelétricas para a matriz energética brasileira. Além disso, a visita monitorada é fundamental na complementação de estudos na área de formação profissional em elétrica, eletroeletrônica, mecânica, civil, segurança no trabalho e gestão ambiental.

As visitas monitoradas são realizadas na UHE Igarapava desde 1998. Alunos do ensino fundamental, médio, técnico e superior conhecem instrumentos e equipamentos utilizados na produção da energia elétrica. Anualmente, cerca de 1.200 visitantes conhecem as instalações da UHE Igarapava.

Agende sua visita pelo e-mail: [email protected]


Sala de Controle
Sala de Controle
Maquete turbina Bulbo
Maquete turbina Bulbo
Viveiro de Mudas
Viveiro de Mudas

Sistema de Transposição de Peixes- STP

A Usina de Igarapava dispõe de um mecanismo de transposição para peixes, tipo escada que permite o deslocamento de peixes procedentes do trecho de montante da barragem da UHE Volta Grande até o reservatório de Igarapava. Consiste no primeiro grande dispositivo implantado no país com tecnologia provida de ranhura vertical (vertical slots), entrando em operação no final de 1999, coincidindo com o início do período chuvoso. É característico de barragens de pequeno porte, ou seja, com até 20 metros de altura. Seu sistema é simples sendo composto por quatro partes principais: o canal de entrada para os peixes, que faz a ligação entre a escada e o canal de fuga da usina, a escada propriamente dita, o canal de saída, que faz a ligação entre a escada e o reservatório e o sistema de água auxiliar para atração dos peixes. Além disso, existe a janela de observação do mecanismo, também chamada de visor, ela permite ver o movimento das espécies. Sendo um mecanismo implantado em um trecho do Rio Grande ele apresenta grande importância para o uso múltiplo do reservatório.


CARACTERÍSTICAS DA ESTRUTURA
CANAL DE ENTRADA: 16,6m
ESCADA: 282m
DECLIVIDADE: 6% (17m)
LARGURA PASSAGENS: 40 cm
CANAL DE SAÍDA: 27m
SALA DE CONTAGEM: (VISOR)
SISTEMA ATRAÇÃO: 270mX1,10m
COMPRIMENTO TOTAL: 325m
VAZÃO: ENTRE 2 a 6 m³/s
Sistema de Transposição de Peixes
Sistema de Transposição de Peixes
Sistema de Transposição de Peixes
Sistema de Transposição de Peixes